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Tudo o que você precisa saber sobre teste de impairment

Saiba como o teste de impairment impacta as finanças das empresas e previna erros na avaliação de ativos

Mão preenchendo um gabarito
Entenda como o teste de impairment ajuda as empresas a manterem seus registros contábeis atualizados e refletir com precisão o valor real de seus ativos | Crédito: Unsplash

Imagine uma empresa que comprou uma máquina por R$ 1 milhão, mas com o tempo, ela passou a valer metade do preço. Como refletir essa realidade nos balanços financeiros e contábeis? É aí que entra o teste de impairment.


O teste de impairment é um procedimento que verifica se o valor contábil de um ativo é recuperável ou se sofreu uma desvalorização. Em outras palavras, quando os ativos de uma empresa — como imóveis, equipamentos ou ativos intangíveis (marcas e patentes, por exemplo) — são registrados por um preço superior ao que poderiam ser vendidos no mercado, a empresa precisa ajustar esse valor, reconhecendo uma perda contábil.


Compreender esse procedimento é fundamental para assegurar a saúde financeira e a transparência contábil das empresas. Esse procedimento ajuda a refletir o valor real dos ativos no balanço patrimonial e evita possíveis distorções nas demonstrações financeiras.


Neste artigo, vamos abordar os seguintes tópicos:


Como funciona o teste de impairment?

O teste de impairment começa com a identificação dos ativos sujeitos ao teste. Isso inclui ativos tangíveis (máquinas e equipamentos) e intangíveis (marcas e patentes). A empresa deve verificar se há indicadores de que o valor contábil do ativo possa exceder seu valor recuperável, como mudanças significativas no ambiente de negócios ou evidências de obsolescência.


Após identificar os ativos, o especialista compara o valor registrado na contabilidade com o que pode ser recuperado. Esse valor recuperável é calculado considerando o preço de venda menos as despesas e o benefício futuro que o ativo pode gerar.


Se o valor recuperável for menor que o contábil, a diferença é registrada como perda por impairment. Nesse caso, realiza-se uma avaliação de recuperabilidade para identificar se essa perda pode ser revertida no futuro. Essa avaliação considera possíveis mudanças no mercado, avanços tecnológicos ou alterações econômicas que possam aumentar o valor do ativo posteriormente.


Muitas pessoas confundem os conceitos entre impairment e depreciação. A depreciação é uma alocação sistemática do valor depreciável de um ativo ao longo de sua vida útil, ou seja, um processo continuo. Já o impairment é uma redução no valor recuperável do ativo.


Principais normas e leis aplicáveis

O CPC 01 (Pronunciamento Técnico CPC 01 — Redução ao Valor Recuperável de Ativos) estabelece diretrizes claras para a aplicação do teste de impairment nas empresas brasileiras. Esta norma determina que as organizações devem avaliar regularmente se há indícios de que seus ativos possam ter sofrido desvalorização. Caso sejam identificados quaisquer desses indicadores, a empresa deve realizar o teste de impairment.


No âmbito internacional, as empresas que seguem as normas IFRS (International Financial Reporting Standards) devem observar o IAS 36 (International Accounting Standard 36). Esta norma internacional apresenta princípios semelhantes aos do CPC 01, porém com algumas diferenças em termos de abrangência e disposições específicas para empresas multinacionais. 


As organizações com operações globais precisam estar atentas a essas particularidades para garantir a conformidade com as normas contábeis internacionais.


Impairment em ativos intangíveis

Ativos intangíveis, como marcas, patentes e software, são especialmente vulneráveis a perdas de valor. Isso ocorre principalmente em cenários de rápidas mudanças no mercado ou nas expectativas da empresa, tornando o teste de impairment crucial para esses ativos.


O goodwill — também conhecido como ágio por expectativa de rentabilidade futura — é um ativo intangível que demanda atenção especial. Ele representa a diferença entre o valor pago na aquisição de uma empresa e o valor justo de seus ativos líquidos identificáveis. Diferentemente de outros ativos, o goodwill não é amortizado, mas deve passar por testes de impairment anuais para assegurar que seu valor contábil não supere seu valor recuperável.


Quanto ao reconhecimento de perdas por impairment, é fundamental notar que, uma vez registrada, essa perda geralmente não pode ser revertida em períodos futuros. Isso significa que a decisão de reconhecer uma perda por impairment tem um impacto duradouro nas demonstrações financeiras da empresa.


No entanto, existe uma exceção para ativos intangíveis sem vida útil indefinida. Nestes casos, se houver uma mudança nas estimativas usadas para determinar o valor recuperável do ativo, a perda por impairment previamente reconhecida pode ser revertida. Essa flexibilidade permite que as empresas ajustem seus registros contábeis caso as condições de mercado ou as expectativas de uso do ativo mudem significativamente.


Impactos financeiros e contábeis do teste de impairment

O teste de impairment desempenha um papel fundamental nos registros contábeis e relatórios financeiros das empresas. Ao identificar e registrar perdas por impairment, as organizações ajustam o valor de seus ativos no balanço patrimonial e na demonstração do resultado, refletindo de forma mais precisa sua situação financeira. Esse processo não apenas impacta diretamente os resultados financeiros, mas também influencia a percepção do mercado sobre o valor das ações da empresa.


A aplicação consistente e apropriada do teste de impairment traz benefícios significativos para as organizações, já que aumenta a transparência e confiabilidade das demonstrações financeiras e oferece uma visão mais acurada da saúde financeira do negócio. Consequentemente, isso fortalece a credibilidade junto a acionistas, investidores e outros stakeholders. Além disso, analistas financeiros e investidores utilizam essas informações para avaliar o desempenho da empresa, facilitando a tomada de decisões informadas.


Por outro lado, a não conformidade com as normas de impairment pode resultar em sérias consequências. Ativos supervalorizados no balanço podem levar a uma percepção equivocada da situação financeira, potencialmente induzindo investidores e credores a erro. Além disso, a falta de compliance pode expor a empresa a penalidades regulatórias, danos reputacionais e perda de confiança do mercado.


Consultoria externa: quando contratar um especialista

A contratação de uma consultoria externa pode trazer diversos benefícios para o processo de teste de impairment. Consultores especializados oferecem uma perspectiva abrangente e imparcial, baseada em ampla experiência em diferentes setores e tipos de ativos. Eles identificam nuances e complexidades que podem passar despercebidas pela equipe interna, assegurando uma avaliação mais precisa e confiável.


Consultorias externas geralmente têm acesso a ferramentas e metodologias avançadas, além de bancos de dados de mercado atualizados. Isso permite uma análise mais robusta e fundamentada, especialmente em casos complexos ou setores altamente especializados. A expertise dos consultores é valiosa na interpretação das normas contábeis em constante evolução, garantindo que a empresa esteja em conformidade com as regulamentações vigentes.


Nesse contexto, destaca-se a Ipê Avaliações, uma avaliadora de ativos independente especializada em teste de impairment. Com uma equipe de profissionais altamente qualificados e uma abordagem personalizada, a Ipê Avaliações fornece uma análise detalhada e precisa dos ativos da empresa. Sua independência garante uma avaliação imparcial, crucial para a credibilidade do processo.


Além disso, sua expertise técnica assegura que todos os aspectos relevantes sejam considerados, resultando em uma avaliação que não só atende às exigências regulatórias, mas também proporciona novos pontos de vista para a gestão estratégica dos ativos da empresa.


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