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Como se calcula a participação do investidor a partir de um determinado Valuation?

Entenda a técnica por trás do cálculo da porcentagem de um acionista em uma empresa

Grupo de executivos colocando uma mão em cima da outra
Método de cálculo da participação do investidor com base no Valuation de uma empresa, essencial para definir controle e distribuição de lucros | Crédito: Freepik

Toda empresa que possui sócios precisa lidar com a questão da divisão de participação. Essa divisão é importante não apenas para determinar o controle e a gestão da empresa, mas também para definir a distribuição de lucros e responsabilidades. Ter clareza sobre a participação de cada sócio é essencial para evitar conflitos e garantir o bom andamento do negócio.


Uma das principais dúvidas que surgem nesse contexto é sobre como calcular a participação de cada sócio. Para isso, surge o Valuation, uma ferramenta fundamental que ajuda a determinar o valor total da empresa, facilitando o cálculo da porcentagem de cada acionista. Ao utilizar o Valuation, é possível obter uma visão mais precisa e justa da contribuição financeira de cada sócio.


Além de esclarecer dúvidas sobre a participação dos sócios, o Valuation tem outras aplicações importantes. Ele é utilizado em processos de fusões e aquisições, na captação de investimentos e até mesmo na definição de estratégias de crescimento. Ter um Valuation bem calculado é crucial para tomar decisões informadas e planejar o futuro da empresa de maneira eficaz.


Métodos de cálculo do Valuation

Existem diversos métodos para calcular o Valuation de uma empresa, cada um com suas particularidades. Um dos mais comuns é o método do Fluxo de Caixa Descontado (FCD), que projeta os fluxos de caixa futuros da empresa e os traz para o valor presente. Esse método é bastante utilizado por sua precisão e por considerar o potencial de crescimento do negócio.


Outro método popular é o de Múltiplos de Mercado, que compara a empresa em questão com outras do mesmo setor. Essa comparação é feita com base em indicadores financeiros, como o lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização (EBITDA). Esse método é mais rápido, mas pode ser menos preciso, pois depende da disponibilidade de dados comparáveis.


O método do Valor Patrimonial é outro recurso utilizado, que considera o valor dos ativos da empresa subtraído das suas dívidas. Esse método é mais direto, mas pode não refletir o verdadeiro potencial de crescimento do negócio. É mais aplicável em empresas que possuem muitos ativos tangíveis, como indústrias ou empresas do setor imobiliário.


Cada método tem suas vantagens e limitações, e a escolha do mais adequado depende das características específicas da empresa e do objetivo do investidor. Muitas vezes, é recomendável utilizar mais de um método para obter um Valuation mais robusto e confiável.


Cálculo da participação do investidor

Com o Valuation da empresa em mãos, calcular a participação do investidor torna-se um processo relativamente simples. Suponha que a empresa tenha sido avaliada em R$10 milhões e o investidor deseje investir R$2 milhões. A participação do investidor seria calculada da seguinte forma:


Participação do Investidor = Investimento / Valuation Total


Neste caso: Participação do Investidor = R$2.000.000 / R$10.000.000 = 20%.


Portanto, o investidor teria uma participação de 20% na empresa.


Negociação e formalização da participação

Após o Valuation, chega o momento de negociar a participação do investidor. Isso envolve discutir não apenas o valor a ser investido, mas também os direitos e deveres do novo sócio. A participação pode variar bastante, mas costuma ficar entre 15% e 30%, para que o investidor tenha influência sem perder a autonomia da gestão original.


A formalização da participação é feita por meio de um contrato social, que deve detalhar todas as condições acordadas. Esse documento é fundamental, pois evita futuros desentendimentos e garante que todas as partes cumpram suas obrigações. É importante que o contrato seja claro sobre a forma de remuneração do investidor, que pode ser via distribuição de lucros, pró-labore ou juros sobre capital próprio.


Além do contrato social, é recomendável que a empresa e o investidor estabeleçam um plano de negócios conjunto. Esse plano deve incluir metas de curto, médio e longo prazo, bem como estratégias para alcançá-las. Isso ajuda a alinhar as expectativas e a garantir que todos trabalhem em prol dos mesmos objetivos.

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